domingo, 25 de janeiro de 2009

BBC Brasil Onu lança apelo para salvar gorilas e chimpanzés

Duas agências da ONU lançaram em reunião na capital francesa, Paris, um apelo para arrecadar US$ 25 milhões para tentar salvar os macacos da extinção.

Segundo a Unesco (fundo das ONU para a educação, a cultura e a ciência) e a Unep (programa da ONU para o meio ambiente), esse é o montante mínimo para evitar a extinção de gorilas, chimpanzés e orangotangos em até 50 anos.

A Unesco e a Unep esperam criar áreas onde a população de macacos de grande porte possa se estabilizar ou mesmo crescer.

"As espécies de macacos de grande porte compartilham mais de 96% de seu DNA com a espécie humana. Se nós perdermos qualquer espécie de macacos estaremos destruindo uma ponte para nossas próprias origens e, com isso, parte de nossa própria humanidade", afirmou Klaus Toepfer, diretor-executivo da Unep.

África

Segundo a Unesco, pesquisas sugerem que os chimpanzés desapareceram de Benin, Togo e Gâmbia, e o mesmo pode acontecer, em breve, em outro país da África Ocidental, o Senegal.

Estima-se que existam menos de 200 chimpanzés em Guiné-Bissau.

As principais ameaças aos macacos (guerra, caça e contrabando de animais) são fruto da ação humana.

A penetração humana nas florestas vem aumentando e, com a destruição da mata que se segue, os macacos ficam sem lugar para se esconder.

Se a construção de estradas e outras iniciativas do tipo continuarem nos níveis atuais, a Unep afirma que menos de 10% das florestas onde os macacos africanos vivem estarão intactas até 2030.

A previsão da Unep é que, no Sudeste Asiático, não sobrará quase nenhum habitat para os macacos, aumentando a preocupação com a sobrevivência dos orangotantos.

Como muitos macacos de grande porte vivem em áreas remotas e inacessíveis, a Unesco está trabalhando com a Agência Espacial Européia no emprego de satélites para monitorar a velocidade com que seu habitat vem desaparecendo.

O projeto está mapeando inicialmente o habitat dos gorilas de montanhas. Há apenas cerca de 600 gorilas em Uganda, Ruanda e na República Democrática do Congo.

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