quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Países da África e Ásia pedem ajuda contra extinção de símios

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/09/050910_macacosml.shtml
Chimpanzés em cativeiro não ajudam outros em seu grupo social, mesmo quando isso não os prejudica, de acordo com um estudo de comportamento animal publicado na revista Nature.
Solicitude está presente em seres humanos mesmo quando tal ação pode prejudicar os interesses de quem decide prestar ajuda a outros.

Entre os atributos semelhantes aos dos seres humanos encontrados em chimpanzés estão o uso de ferramentas e, talvez, a habilidade rudimentar com linguagem, mas este estudo sugere que este não é o caso do altruísmo.

Mas outros pesquisadores disseram que chimpanzés em cativeiro tendem a ser menos sociáveis.

Testes

Uma equipe liderada por Joan Silk, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou testes com chimpanzés em cativeiro em que os animais eram recompensados com comida.

Foram oferecidas aos chimpanzés duas opções de recompensa. Uma permitia a eles que pegassem o alimento para si mesmos. Na outra, o chimpanzé se servia e, ao mesmo tempo, um chimpanzé em um cercado ao lado também recebia alimentos.

A equipe de Silk constatou que 29 chimpanzés do estudo não estavam mais inclinados a pegar a segunda opção do que a primeira, mesmo que isso permitisse a eles "fazer uma boa ação" sem prejuízo de seus próprios interesses.

O resultado foi surpreendente porque os chimpanzés conviviam no mesmo grupo há 15 anos. Eles não tinham parentesco, mas eram próximos.

A partilha de alimentos foi vista em grupos de chimpanzés em seu habitat natural. Então o estudo da revista Nature levanta questões sobre o surgimento deste comportamento.

Outros pesquisadores sugerem que os resultados se devem, talvez, a uma situação pouco natural ou a diferenças em comportamentos provocados por cativeiro.

Onu lança apelo para salvar gorilas e chimpanzés

Matéria completa publicada na BBCBrasil.
Duas agências da ONU lançaram em reunião na capital francesa, Paris, um apelo para arrecadar US$ 25 milhões para tentar salvar os macacos da extinção.
Segundo a Unesco (fundo das ONU para a educação, a cultura e a ciência) e a Unep (programa da ONU para o meio ambiente), esse é o montante mínimo para evitar a extinção de gorilas, chimpanzés e orangotangos em até 50 anos.
A Unesco e a Unep esperam criar áreas onde a população de macacos de grande porte possa se estabilizar ou mesmo crescer.
"As espécies de macacos de grande porte compartilham mais de 96% de seu DNA com a espécie humana. Se nós perdermos qualquer espécie de macacos estaremos destruindo uma ponte para nossas próprias origens e, com isso, parte de nossa própria humanidade", afirmou Klaus Toepfer, diretor-executivo da Unep.
África
Segundo a Unesco, pesquisas sugerem que os chimpanzés desapareceram de Benin, Togo e Gâmbia, e o mesmo pode acontecer, em breve, em outro país da África Ocidental, o Senegal.
Estima-se que existam menos de 200 chimpanzés em Guiné-Bissau.
As principais ameaças aos macacos (guerra, caça e contrabando de animais) são fruto da ação humana.
A penetração humana nas florestas vem aumentando e, com a destruição da mata que se segue, os macacos ficam sem lugar para se esconder.
Se a construção de estradas e outras iniciativas do tipo continuarem nos níveis atuais, a Unep afirma que menos de 10% das florestas onde os macacos africanos vivem estarão intactas até 2030.
A previsão da Unep é que, no Sudeste Asiático, não sobrará quase nenhum habitat para os macacos, aumentando a preocupação com a sobrevivência dos orangotantos.
Como muitos macacos de grande porte vivem em áreas remotas e inacessíveis, a Unesco está trabalhando com a Agência Espacial Européia no emprego de satélites para monitorar a velocidade com que seu habitat vem desaparecendo.
O projeto está mapeando inicialmente o habitat dos gorilas de montanhas. Há apenas cerca de 600 gorilas em Uganda, Ruanda e na República Democrática do Congo.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cientistas acham ancestral comum de homens e grandes macacos

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2004/11/041118_
grandemacaco.shtml
Cientistas acreditam ter encontrado na Espanha o fóssil do animal que seria o ancestral comum de todos os grandes primatas: chimpanzés, orangotangos, gorilas e seres humanos.
O recém-descoberto Pierolapithecus catalaunicus, ou um de seus "parentes" próximos, seria o primeiro da família a divergir dos primatas de menor porte, como os micos ou gibões.

Os cientistas estimam que essa divisão ocorreu entre 11 e 16 milhões de anos atrás, durante o período Mioceno, e o fóssil encontrado perto de Barcelona foi datado de 13 milhões de anos.

Ele apresenta várias características, como a caixa torácica, a parte inferior da espinha vertebral e o os ossos do punho, que são particulares dos grandes primatas. A descoberta é apresentada em artigo publicado na revista Science.

Bem preservadas

Hoje ainda é escassa a evidência fóssil de primatas do período Mioceno.

O cientista que liderou a pesquisa, Salvador Moyá-Solá, do Instituto Paleontológico Miquel Crusafont, de Barcelona, afirma que a importância do achado é que, pela primeira vez em um fóssil da época, "todas as partes-chaves que definem um grande primata estão bem preservadas".

O Pierolapithecus catalaunicus encontrado seria do sexo masculino, pesaria 35 kg e, com base na análise de um dente, se alimentaria de frutas.

Seu tórax, sua espinha e seu punho indicam uma habilidade para subir em árvore que é diferente das dos primatas menores, que são mais primitivos, porém capazes de movimentos mais versáteis.

Uma diferença notável é o formato da caixa torácica, mais ampla e mais chata do que a dos macacos de pequeno porte.

Além disso, as escápulas (formação que inclui as omoplatas e as clavículas) do novo fóssil ficam nas costas, como as dos seres humanos, chimpanzés e gorilas, enquanto nos macacos menores elas se encontram do lado da caixa torácica, como nos cachorros.

Crânio

As vértebras na parte inferior da espinha também são diferentes, em uma série de adaptações que, segundo os cientistas, afetou o centro de gravidade do animal, possibilitando que ele assumisse uma postura ereta.

Segundo os pesquisadores, o crânio do Pierolapithecus catalaunicus também possui características típicas dos grandes primatas, com a face relativamente curta e com a parte superior da estrutura do nariz na altura dos olhos.

Mas o fóssil também compartilha algumas características dos macacos menores, o que, segundo os pesquisadores, indica que vários traços evoluíram em momentos diferentes na evolução dos primatas.

O fóssil foi encontrado meio sem querer, após um fragmento ter sido desenterrado por uma escavadora em Els Hostalets de Pierola, um vilarejo catalão.

"Na Espanha, os paleontólogos dizem que você não acha um bom fóssil – ele é que acha você", brincou Moyá-Solá.

Será? Chimpanzés 'não têm senso de companheirismo'

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/10/051027_
chimpanzenature.shtml
Existem controvérsias.
Chimpanzés em cativeiro não ajudam outros em seu grupo social, mesmo quando isso não os prejudica, de acordo com um estudo de comportamento animal publicado na revista Nature.
Solicitude está presente em seres humanos mesmo quando tal ação pode prejudicar os interesses de quem decide prestar ajuda a outros.
Entre os atributos semelhantes aos dos seres humanos encontrados em chimpanzés estão o uso de ferramentas e, talvez, a habilidade rudimentar com linguagem, mas este estudo sugere que este não é o caso do altruísmo.
Mas outros pesquisadores disseram que chimpanzés em cativeiro tendem a ser menos sociáveis.
Testes
Uma equipe liderada por Joan Silk, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou testes com chimpanzés em cativeiro em que os animais eram recompensados com comida.
Foram oferecidas aos chimpanzés duas opções de recompensa. Uma permitia a eles que pegassem o alimento para si mesmos. Na outra, o chimpanzé se servia e, ao mesmo tempo, um chimpanzé em um cercado ao lado também recebia alimentos.
A equipe de Silk constatou que 29 chimpanzés do estudo não estavam mais inclinados a pegar a segunda opção do que a primeira, mesmo que isso permitisse a eles "fazer uma boa ação" sem prejuízo de seus próprios interesses.
O resultado foi surpreendente porque os chimpanzés conviviam no mesmo grupo há 15 anos. Eles não tinham parentesco, mas eram próximos.
A partilha de alimentos foi vista em grupos de chimpanzés em seu habitat natural. Então o estudo da revista Nature levanta questões sobre o surgimento deste comportamento.
Outros pesquisadores sugerem que os resultados se devem, talvez, a uma situação pouco natural ou a diferenças em comportamentos provocados por cativeiro.

Cientistas querem chimpanzés entre hominídeos

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2006/01/060124_
chimpanzehumanopesquisaebc.shtml
Os chimpanzés estão mais próximos dos humanos do que dos outros grandes primatas, como orangotangos e gorilas, afirma um estudo publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa, realizada por uma equipe da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia Tech), ambas nos Estados Unidos, indica que o ancestral comum entre chimpanzés e humanos está muito mais próximo do que se pensava e defende a reclassificação do chimpanzé para o gênero Homo – humanos são Homo sapiens.

Os dois animais teriam seguido linhas evolutivas diferentes há apenas 1 milhão de anos, enquanto se acreditava que isso tivesse ocorrido há cerca de 7 milhões de anos.

A descoberta foi feita graças à análise do "relógio molecular" dos seres humanos, em outras palavras, o ritmo evolutivo da espécie.

Acreditava-se que ele fosse mais rápido, mas a equipe americana verificou que o chamado "relógio" está batendo tão lentamente que os primeiros traços distintos dos humanos – cérebros maiores e uma gestação mais longa – surgiram há menos tempo do que se pensava.

"Intrigantemente, humanos e chimpanzés parecem ter evoluído mais lentamente do que gorilas e orangotangos", diz o estudo.

Diferenças

A equipe liderada pela pesquisadora Soojin Yi comparou as diferenças entre humanos e chimpanzés.

"Humanos levam quase o dobro do tempo que chimpanzés e gorilas para atingir a maturidade sexual, têm expectativa de vida e período de gestação mais longos, em comparação com qualquer outro hominídio não-humano", escreveram os pesquisadores.

Os chimpanzés vivem entre 40 e 50 anos e têm uma gravidez de oito meses.

No ano passado, uma equipe internacional de 67 pesquisadores descobriu que dos cerca de 3 bilhões de pares de bases de DNA em homens e chimpanzés apenas 40 milhões seriam diferentes.

Embora a diferença seja pequena, são esses 40 milhões de pares de bases de DNA que são responsáveis por diferenças vitais, desde o tamanho do cérebro e as taxas reprodutivas até o olfato e a tendência a determinadas doenças.

A idéia de se classificar os chimpanzés no mesmo gênero que os humanos, o Homo, não é nova, mas sempre foi muito combatida.

Na Nova Zelândia, o governo já recebeu uma petição pedindo a criação de direitos para os chimpanzés.

Gene pode explicar evolução do cérebro humano

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/08/060817_
genecerebro_is.shtml

A separação evolutiva entre humanos e chimpanzés ocorreu bem mais tarde do que se acreditava, segundo uma pesquisa publicada pela revista especializada Nature.
Uma análise detalhada do DNA das duas espécies sugere que elas finalmente se separaram há menos de 5,4 milhões de anos, um ou dois milhões de anos mais tarde do que indicavam os fósseis.

Os cientistas afiliados ao Broad Institute of MIT and Harvard - um instituto de pesquisas médicas das duas universidades americanas - e da Escola de Medicina de Harvard, afirmam que o resultado indica que pode ter havido cruzamento entre as espécies por milhares, ou até milhões de anos.

A hibridização teria sido importante na troca de genes que permitiram às duas espécies emergentes sobreviver em seus ambientes, explicaram os cientistas.

Segundo os pesquisadores, os resultados também mostram o quão complexa foi a evolução humana.

Hipótese

"Esta é uma hipótese, nós não conseguimos prová-la ainda, mas ela explicaria várias características dos dados", disse David Reich, professor assistente de genética na Escola de Medicina de Harvard e um dos autores do artigo publicado pela Nature.

"A hipótese é que houve uma troca de genes entre os ancestrais dos humanos e dos chimpanzés depois da separação original."

"Então, pode ter havido uma separação original, e uma separação por tempo suficiente para que as espécies fossem diferenciadas - por exemplo, podemos ter adaptado características como andar de pé - e depois houve uma nova mistura, uma hibridização", disse ele à BBC.

Humanos e chimpanzés têm seqüências de DNA bastante parecidas; as diferenças se devem a mutações, ou erros, no código genético que ocorreram desde que esses animais se separaram em caminhos evolutivos diferentes.

Ao analisar onde essas diferenças ocorrem nos genomas é possível ter uma boa idéia da história das duas espécies e identificar os momentos chave em sua evolução.

Cientistas vêm conseguindo fazer isso há algum tempo, mas os recentes projetos para decodificar totalmente o genoma das duas espécies trouxeram detalhes que permitiram que estudos deste tipo avançassem bastante.

A pesquisa indica que as linhagens de chimpanzés e humanos se separaram há não mais do que 6,3 milhões de anos, e provavelmente há menos do que 5,4 milhões de anos.

Fósseis

A descoberta também vai contra o que havia se concluído a partir dos fósseis, como o da famosa espécie Toumai (Sahelanthropus tchandensis), descoberta no Chade.

Acreditava-se que o Toumais estavam na base da árvore genealógica humana, mas a espécie data de entre 6,5 milhões a 7,4 milhões de anos atrás. Em outras palavras, é mais velha do que a divergência entre chimpanzés e humanos parece ter ocorrido ao se analisarem os dados genéticos.

"É possível que o fóssil do Toumai seja mais recente do que se pensava", disse Nick Patterson, um pesquisador sênior e estatístico do Broad Institute e o principal autor do artigo publicado pela Nature.

"Mas se a datação estiver correta, o fóssil Toumai precederia a divisão entre humanos e chimpanzés. O fato é que as características próximas aos humanos dos chimpanzés sugerem que a divisão pode ter ocorrido durante um longo período, com episódios de hibridização entre as espécies emergentes."

Comentando a pesquisa, o professor de biologia antropológica da Universidade de Harvard Daniel Lieberman disse à agência de notícias Associated Press que "esta é uma análise extremamente inteligente".

"Meu problema é imaginar como seria ter um hominídeo bípede e um chimpanzé se enxergando como parceiros apropriados, para não colocar a coisa de maneira muito crua..."

Fêmeas podem ter desenvolvido primeiras armas, indica estudo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/02/070222_
chimpanze_armasrg.shtml

observaram 22 casos em que os primatas usaram os objetos para caçar, mas concluíram que, em geral, as armas são usadas apenas por fêmeas e machos ainda não completamente desenvolvidos.

Os chimpanzés já eram conhecidos por usar objetos em algumas tarefas, como arrancar insetos de troncos ou abrir frutos ou sementes. No entanto, até agora, havia poucas evidências de que esses primatas usavam armas rudimentares para caçar da forma como foi verificado.

Inferioridade física

Segundo os cientistas, a opção das fêmeas e dos machos jovens pelo uso das armas pode ser explicada pela sua inferioridade física em relação aos machos adultos, que têm mais facilidade para obter alimento de outras formas, caçando animais maiores.

O estudo verificou que a construção das armas rudimentares pelos chimpanzés e o comportamento dos animais durante a caça têm padrões sistemáticos e consistentes, o que sugere, segundo os cientistas, que o uso das armas é habitual.

Os cientistas verificaram que os chimpanzés usam suas armas batendo com elas em galhos e troncos ocos de árvores, onde vive um pequeno mamífero noturno chamado Galago senegarensis - a presa mais visada pelos símios.

Chimpanzés fêmeas 'matam crias de rivais', diz estudo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/05/070515_
chimpanzesmatapu.shtml

A equipe da Universidade St. Andrews que trabalhava na floresta de Budongo, em Uganda observou que fêmeas de chimpanzés tornaram-se extremamente violentas com a crias das rivais após o aumento na população de fêmeas , migrantes, para a região. Sob condições socio-ecológicas adversas os comportamentos tradicionais de gêneros são completamente alterados.

Ativistas pedem direitos 'humanos' para primatas.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070329_
direitoshumanos_macacos_mv.shtml


A humanidade chega a uma nova fase da sua consciência quanto ao seu papel no mundo planetário e, em consequência, suas relações os demais seres habitantes deste mundo. Ninguém tem direito a usá-los como se fossem instrumentos desprovidos de dignidade e de sistema nervoso central com instinto e emoções. Além de continuarmos a desenvolver práticas que consolidem a convivência respeitosa dos direitos humanos entre humanos devemos reconhecer estes direitos aos nossos companheiros primatas.

OS PRIMATAS E NÓS
Gorilas, bonobos, orangotangos e chimpanzés são grandes primatas.
Os chimpanzés, por exemplo, se diferenciam dos humanos em apenas 1% do seu DNA e poderiam receber uma transfusão de sangue ou um rim de um ser humano.
Todos os grandes primatas se reconhecem no espelho.
Elefantes e golfinhos também têm essa capacidade.
Grandes primatas podem aprender e usar a linguagem humana por meio de sinais e símbolos, mas não têm um aparato vocal que permita falar.
Grandes primatas demonstram amor, medo, ansiedade e ciúme.
Fonte: Ian Redmond, Charlotte Uhlenbroek

Gestos de macacos 'revelam origens da linguagem humana, na BBCBrasil

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/05/070501_
macacogenteebc.shtml

Gestos de macacos 'revelam origens da linguagem humana'.
Só primatas superiores e homens usam os membros para gesticular
Um estudo da universidade Emory, nos Estados Unidos, afirma ter encontrado indícios de que primatas evoluídos usam gestos para se comunicar de forma semelhante aos humanos.

Chimpanzés roubam frutas para atrair parceiras.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070912_
chimp_texto.shtml

Cientistas que estudam a evolução do comportamento humano dizem ter descoberto que chimpanzés roubam frutas para atrair parceiras.
O estudo indica que os machos invadem pomares às escondidas e colhem frutas como mamão papaya para dar às fêmeas.

A pesquisa da Universidade de Stirling foi feita com uma pequena comunidade de chimpanzés em Guiné, no oeste da África.

Chimpanzés superam universitários em teste de memória; veja reportagem na BBC Brasil


Cada vez mais a nova visão/percepção que os humanos têm sobre os animais está encontrando evidências. Recentes pesquisas observam que a memória dos chimpanzés é melhor do que a de humanos adultos.

Transcrevo parte da matéria para você poder :

"O professor Matsuzawaa e sua equipe testaram três pares de chimpanzés, cada formado por uma mãe e seu filho, contra estudantes universitários em um teste de memória que envolvia números.
As mães chimpanzés e seus filhos de cinco anos já tinham aprendido como "contar" de um a nove.
Durante a experiência, cada participante viu em um monitor vários números de um a nove.
Os números eram então substituídos por quadrados em branco e o estudante ou o chimpanzé tinham que lembrar qual número apareceu em qual lugar, e então tocar o quadrado certo na tela.

Os pesquisadores descobriram que os chimpanzés jovens tinham desempenho melhor do que suas mães e do que humanos adultos.
Os universitários foram os mais lentos do que os três chimpanzés jovens em suas respostas.
Os chimpanzés se saíram melhor do que os universitários em velocidade e precisão quando os números apareciam apenas por um momento.

Memória Fotográfica
O espaço de tempo mais curto, de 210 milisegundos, não deu o tempo necessário para que os testados explorassem a tela com movimentos dos olhos, algo que fazemos o tempo todo durante a leitura.
Isto mostra, segundo os pesquisadores, que os chimpanzés mais jovens têm memória fotográfica o que permite que eles memorizem uma cena complexa ou um padrão com apenas um olhar rápido. Em algumas ocasiões esta habilidade está presente em crianças, mas diminui com a idade, afirmam os pesquisadores.
"Chimpanzés jovens têm memória melhor do que humanos adultos. Ainda estamos subestimando a capacidade intelectual dos chimpanzés, nossos vizinhos de evolução", disse o professor Matsuzawa à BBC.
Para Lisa Parr, que trabalha com chimpanzés no Centro Yerkes para Primatas na Universidade Emory de Atlanta, Estados Unidos, esta descoberta é "revolucionária" e, pelo fato de os chimpanzés serem nossos "parentes mais próximos", pode ajudar a entender a memória humana."

sexo entre chimpanzés, como entre humanos, independe do período fértil.

Chimpanzés fêmeas copulam em silêncio 'para evitar competição'

As fêmeas querem manter relações com vários machos
Uma pesquisa conduzida por cientistas escoceses sugere que chimpanzés fêmeas deixam de emitir sons durante a cópula caso outras fêmeas estejam ao redor para evitar competição.
Os chimpanzés são conhecidos por terem um comportamento sexual promíscuo e, segundo os pesquisadores, as fêmeas estão mais preocupadas em manter relações com diversos parceiros do que encontrar o macho mais forte.

Os cientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, observaram um grupo de chimpanzés que vive na Floresta Budongo, em Uganda, na África, e publicaram os resultados da análise na edição desta semana da revista científica Public Library of Science (PLoS).

De acordo com a pesquisa, as fêmeas emitem mais sons de cópula – barulhos emitido durante as relações sexuais - quando vários machos estão ao redor. No entanto, elas permanecem quietas durante a relação quando há fêmeas ao redor para evitar a competição pelos machos da região.

"A competição entre as fêmeas pode ser muito perigosa nos chimpanzés selvagens. Nossa descoberta ressalta o fato de que as fêmeas usam os sons de cópula como uma tática para reduzir os riscos relacionados a esta competição", disse Simon Townsend, que liderou o estudo.

Paternidade

A função dos sons de cópula nos primatas vem sendo discutida por vários anos.

Uma das principais teorias é que as fêmeas emitiriam sons durante a relação sexual para anunciar a receptividade para os machos. Dessa forma, ela geraria competição entre os machos e poderia escolher o parceiro mais forte para garantir a qualidade de seu filhote.

No entanto, os pesquisadores não encontraram nenhuma prova para apoiar a hipótese de que o som estimularia a competição entre os machos. Além disso, análises dos hormônios das fêmeas indicaram que sua disponibilidade para manter relações não estaria relacionada com seu período fértil, e, portanto, as fêmeas não estariam chamando a atenção dos machos para conceber um filhote.

"As fêmeas observadas na pesquisa parecem muito mais preocupadas em manter relações com vários parceiros diferentes, sem que as outras fêmeas descubram, do que em fazer com que os machos briguem por ela", afirmou Townsend.

De acordo com os cientistas, as fêmeas emitem os sons durante a cópula para atrair o maior número de parceiros possível e, dessa forma, confundir os machos sobre a paternidade de seu filhote. Isso garantiria à fêmea proteção dos machos e reduziria o risco de infanticídio – comum entre os chimpanzés machos, já que eles criaram uma relação com a fêmea e não saberiam com certeza se são ou não pais do filhote.

Segundo os pesquisadores, chimpanzés fêmeas são expostas a forte pressão social entre outros membros do grupo, principalmente quando os recursos são escassos.

"Nesse contexto, confundir os machos com relação à paternidade, principalmente entre os machos mais importantes, tem duas vantagens. Primeiro, reduz a probabilidade de que os machos irão atacar os filhotes, potencialmente seus. Segundo, pode ajudar a melhorar a disponibilidade dos machos em apoiar a fêmea, até mesmo em brigas com outras fêmas", diz o estudo.

De acordo com os cientistas, as descobertas são "mais um indício das sofisticadas capacidades mentais e inteligência social dos parentes vivos mais próximos da espécie humana".

pensamento/desejo



Uma experiência realizada por cientistas americanos fez com que macacos conseguissem controlar o braço de um robô usando apenas a força do pensamento.
Os especialistas, da Universidade de Pittsburgh, instalaram no cérebro dos animais um aparelho minúsculo, da espessura de um fio de cabelo no cérebro, capaz de interpretar seus impulsos.
Os impulsos cerebrais foram, em seguida, transmitidos para o robô, que respondeu movimentando o braço.

linguagem entre macacos tem a mesma base dos humanos



Um estudo da Universidade de St. Andrews, na Escócia, revelou que macacos combinam sons para passar mensagens específicas, da mesma forma que humanos combinam palavras para criar frases.
Com a descoberta, os pesquisadores esperam encontrar novas pistas sobre a evolução da linguagem humana.
Os cientistas gravaram mensagens de alarme de macacos-de-nariz-branco na Nigéria e observaram que eles combinam sons para, aparentemente, transmitir mensagens com diferentes significados.
Acreditava-se que os macacos poderiam apenas criar novos sons para se comunicar, em vez de combinar os já existentes.
Os cientistas pensavam que a combinação dos sons formando frases, entre humanos, só ocorreu porque o repertório desses sons ficou muito grande.
Já os macacos-de-nariz-branco combinam apenas um pequeno número de sons.
Grande repertório
Segundo Klaus Zuberbühler, da Escola de Psicologia da universidade, “a pesquisa revelou alguns paralelos interessantes no comportamento vocal dos macacos da floresta e esta característica crucial da linguagem humana”.
“Em algum momento, de acordo com a teoria, ficou mais econômico para os humanos combinar os elementos de comunicação já existentes, em vez de adicionar outros a um grande repertório.”
“Isso é baseado na noção de que os sinais seriam combinados apenas depois que houvesse um número suficiente. Nossa pesquisa mostra que essas suposições podem não estar corretas.”
Em 2006, os pesquisadores da universidade descobriram que os macacos produziam uma série de diferentes chamados de alarme para distinguir a qual predador se referiam.
Esta última pesquisa traz evidências de que os vários chamados podem conter pelo menos três tipos de informação: o evento testemunhado, a identidade do autor do chamado e se ele pretendia sair do local. Todas as informações seriam reconhecidas pelos outros macacos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Emotividade. Compadecer-se. Chimpanzés consolam outros chimpanzés...


Matéria da BBCBrasil, 9/09/2008

Os seres humanos não são a única espécie a se beneficiar da atenção ou do abraço de um amigo próximo. Segundo uma pesquisa da Universidade John Moores, de Liverpool, no zoológico de Chester, na Inglaterra, os chimpanzés também se consolam uns aos outros, diminuindo o nível de estresse entre os membros.
Acredita-se que a pesquisa seja a primeira a mostrar que o "ombro amigo" observado entre os chimpanzés ajuda a reduzir o nível de estresse depois de uma briga.
Para o coordenador da pesquisa, Orlaith Fraser, o comportamento pode indicar algum nível de empatia entre os indivíduos.
"Não podemos dizer com certeza o que se passa na mente dos chimpanzés, podemos apenas deduzir o que se passa, a partir do seu comportamento", ele afirmou, durante o Festival da Associação Britânica de Ciências. "Como esse comportamento está reduzindo os níveis de estresse e é oferecido por um parceiro importante, parece provável que seja uma expressão de empatia."
Consolo
Fraser e sua equipe passaram 18 meses observando 22 chimpanzés adultos no zoológico de Chester.
Eles observaram de perto o que acontecia imediatamente após uma briga entre os animais, independente da motivação – comida, disputa por 'namorados' ou apenas por um lugar para sentar. Em cerca de 50% dos casos, quem levava a pior na disputa era consolado por um outro membro do grupo. Segundo os cientistas, o consolo vinha sempre de um companheiro importante, uma espécie de 'melhor amigo', um chimpanzé com quem a vítima rotineiramente dividia comida ou brincava.
Para os chimpanzés, o "ombro amigo" consistia normalmente de um beijo ou abraço, uma sessão de cafunés ou uma brincadeira. Os cientistas observaram que essa atividade tinha o efeito de reduzir o nível de estresse da vítima, indicado pelo retorno do animal às atividades normais de se coçar ou catar os próprios piolhos.
Efeito calmante
A preocupação de consolar companheiros já foi observada em gorilas, bonobos (o chimpanzé pigmeu), cachorros e até uma espécie de gralha – mas o efeito calmante que o comportamento teve sobre os chimpanzés do zoológico de Chester é apontado como novidade.
"Se esses chimpanzés são realmente motivados por empatia para consolar as vítimas de agressão, eles precisam primeiro ser capazes de reconhecer que a vítima está estressada e precisam saber o que fazer para responder apropriadamente a esse estresse", disse Fraser. "Acreditava-se que esta era uma característica única dos humanos. Entender a ligação entre o consolo e a redução do estresse nos chimpanzés é um passo importante para entender se os chimpanzés são ou não capazes de desenvolver empatia neste nível."

Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.