quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A cultura de fazer ninhos

Espécie de tecelões


Um estudo britânico concluiu que a arte de construir ninhos não é inata e, sim, aprendida pelo pássaro ao longo da vida.
Leia matéria na página:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110926_ninhos_passaros_estudo_mv.shtml

Postado por Silvia

domingo, 18 de julho de 2010

Estrutura óssea dos hominídeos era diferente da dos chimpanzés modernos



Um estudo publicado nesta semana afirma que os ancestrais humanos não eram tão parecidos com os macacos e tinham dificuldades em subir em árvores.

A pesquisa foi feita com a análise do tornozelo de hominídeos que viveram há mais de quatro milhões de anos, depois que humanos e chipanzés começaram a evoluir separadamente.

Alguns especialistas acreditavam que o hominídeo e os primeiros humanos eram bastante semelhantes aos chimpanzés, mas o novo estudo contradiz esta tese.

O pesquisador Jeremy DeSilva, da Universidade de Michigan em Ann Arbor, comparou a estrutura de ossos dos hominídeos com a de chimpanzés da Uganda.

Tornozelos

O estudo mostrou que o tornozelo dos chimpanzés é muito mais flexível do que o dos humanos e dos hominídeos. Os chimpanzés conseguem dobrar o tornozelo em um ângulo de até 45 graus, comparado com apenas 20 dos hominídeos.

DeSilva também analisou a parte inferior da tíbia, o osso da perna. Nos chimpanzés, a tíbia está adaptada para dar mais flexibilidade ao tornozelo. Nos hominídeos, esse tipo de adaptação não ocorre, o que indicaria que eles não conseguiriam subir em árvores com a mesma agilidade dos macacos. O pesquisador estudou 15 fósseis de hominídeos.

"Este estudo conclui que se os hominídeos incluíam a escalada de árvores no repertório de movimentos, eles provavelmente estavam realizando esta tarefa de forma muito diferente dos chimpanzés modernos", escreveu DeSilva na sua pesquisa.

O resultado do estudo foi publicado no artigo Morfologia funcional do tornozelo e a probabilidade de se escalar em hominídeos na revista científica americana Proceedings of the National Academy of science.
Matéria BBC- Brasil. 14/04/2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amizade sem fronteiras


A girafa ‘Bea' e a avestruz ‘Wilma’ chamam atenção no zoológico Busch Gardens, em Tampa Bay, no estado da Flórida (EUA), pela amizade que mantêm. (Foto: Matt Marriott/AP)


A girafa ‘Bea’ e a avestruz ‘Wilma’ são inseparáveis e trocam afetos mútuos. (Foto: Matt Marriott/AP)

Para termos animais precisamos de ecossistemas.

Lares, habitates, onde a ordem natural possa existir apesar da ação globalizante do humano, demasiadamente humano.
As fotos e os textos que as acompanham foram publicados no site da BBC-Brasil.


Uma exposição em Londres reúne fotos de animais e ecossistemas que têm sobrevivido à devastação em vários pontos do planeta. O camarão mantis, que têm os olhos mais complexos do reino animal, é um deles (Foto: Sterling Zumbrunn)



A mostra tem o apoio da ONG Conservation International (CI) e do BG Group. Aqui, um muriqui e seu filhote, uma das espécies mais ameaçadas do Brasil. Hoje apenas mil exemplares vivem na Mata Atlântica (Foto: Luciano Candisani)



Em uma recente expedição no Pará, a equipe da CI se deparou com este sapo, do gênero 'Osteocephalus', e que pode representar uma nova espécie nunca antes descoberta (Foto: Luciano Candisani)



Segundo a CI, o Pantanal abriga mais de mil espécies de aves, como estas araras. 'Sua vegetação menos densa faz do Pantanal um lugar ideal para se observar os animais', diz a ONG (Foto: Luciano Candisani)


O camaleão-pantera, nativo de Madagascar, adora tomar banho de sol e comer baratas. Quando estão 'grávidas', as fêmeas mudam de cor para sinalizar que não querem acasalar (Foto: Cristina Mittermeier)



Os chimpanzés têm enfrentado doenças humanas, a perda de seus habitats e os caçadores. Muitos ficam órfãos e são adotados por santuários, como este animal da República Democrática do Congo (Foto: Russ Mittermeier)



Com 1.250 espécies de peixes e 600 de corais, a Indonésia abriga a maior concentração de biodiversidade para um território de seu tamanho. A Lagoa de Wayag é uma das áreas de preservação no país (Foto: Sterling Zumbrunn)



O trabalho de conscientização das comunidades ajuda a preservar o meio ambiente, segundo a CI. Na Indonésia, os pescadores patrulham as águas e combatem a pesca com rede e a contaminação do mar (Foto: Sterling Zumbrunn)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

aranhas enfeitam teias e criam clones de si mesmas

BBC-Brasil
Cientistas em Taiwan descobriram uma espécie de aranha que cria um "clone" de si mesma para despistar seus predadores.
Em artigo publicado na revista especializada Animal Behaviour, os biólogos Ling Tseng e I-Min Tso, da Universidade de Tunghai, afirmam ainda que este pode ser o primeiro exemplo de um animal capaz de construir uma réplica em tamanho natural de seu próprio corpo.
Segundo eles, o comportamento da espécie, chamada Cyclosa mulmeinensis, também ajuda a esclarecer por que muitos aracnídeos gostam de decorar suas teias com ornamentos estranhos, como partes de plantas, dejetos e restos de presas e de ovos.
Como esses detritos geralmente têm as mesmas cores das aranhas, os cientistas suspeitam que eles ajudem a camuflar a aranha.
'Iscas'
Tseng e Tso observaram, em uma ilha na costa de Taiwan, que a Cyclosa mulmeinensis não apenas decorava sua teia, como também juntava os detritos para compor objetos de seu próprio tamanho.
Segundo os cientistas, esses "dublês" atraíam os predadores - em geral, vespas - por também terem a mesma cor e a mesma maneira de refletir a luz que as verdadeiras aranhas.
"Nossos resultados mostram que esta espécie vulnerável de aranha se protege de ataques de predadores, construindo iscas que os atraem mais do que ela própria", escreveram os pesquisadores em seu artigo.
Eles afirmam que em teias não decoradas, as vespas atacavam diretamente as aranhas.
Mistério
Há mais de cem anos, cientistas vêm tentando entender por que muitas espécies de aranhas decoram suas teias.
Mas para Tso, não há uma só resposta.
"Creio que a função da decoração varia entre as espécies", disse o cientista à BBC, citando como exemplo as teias decoradas com seda, que têm por objetivo reforçar a trama e impedir que ela seja destruída. Outras teias são decoradas para atrair e deter presas.
O disfarce é um recurso muito usado por vários animais.
Alguns tentam evitar serem vistos usando a camuflagem para se "misturar" a seu habitat, como as mariposas. Outros, como as lagartixas, desenvolvem artefatos mais sofisticados, como o de conseguir se soltar se sua cauda por pega.

domingo, 22 de março de 2009

Chimpanzé planeja o futuro


Matéria da BBC Brasil. 9 de março de 2009
Um chimpanzé teria planejado ataques a visitantes do zoológico onde é mantido, em uma das evidências mais fortes já coletadas até hoje de comportamento cognitivo, ou racional, em animais.

Provar que animais têm a capacidade de antecipar estados mentais futuros sempre foi tarefa difícil de comprovar, de acordo com Mathias Osvath, um dos responsáveis pelo estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Current Biology.

A pesquisa teve início depois que, em meados dos anos 1990, funcionários do zoológico de Furuyik, na Suécia, descobriram que o chimpanzé coletava e guardava pedras que seriam, posteriormente, arremessadas contra o público.

Outras espécies

O macaco Santino guardava as pedras enquanto estava calmo, antes da abertura do zoológico.

Os arremessos aconteciam horas depois, durante demonstrações de dominância, quando o primata já se encontrava em um estado mais agitado.

Santino havia, inclusive, desenvolvido uma técnica para detectar pedaços mais vulneráveis do concreto de sua jaula, que poderiam ser mais facilmente retirados.

Quando a água entrava por dentro de frestas no concreto e se congelava, o pedaço de concreto se tornava mais frágil e produzia um som diferente ao toque.

Santino foi observado dando tapas no concreto para descobrir os pontos mais fracos, destacando pequenos pedaços e os armazenando em estoques para munição.

"Estou pessoalmente convencido de que pelo menos os chipanzés planejam para necessidades futuras", disse o professor Osvath.

"Não me surpreenderia se descobríssemos esse tipo de comportamento em golfinhos e outras espécies", disse ele.

sábado, 14 de março de 2009

Macacas cedem a choro de filhotes por medo de apanhar



Cientistas britânicos e porto-riquenhos afirmam ter descoberto porque as macacas cedem ao chilique de seus filhotes.
Matéria publicada na BBC Brasil

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/03/090311_macacachilique_np.shtml?s

Um estudo realizado com macacos resos na ilha Cayo Santiago, na costa de Porto Rico, sugere que as fêmeas são mais propensas a alimentar os filhos e a ceder aos chiliques dos pequenos quando o choro irrita estranhos ao redor.

Segundo a pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Proceedings of the Royal Society B., a ameaça de violência desses estranhos provoca a reação das macacas.

Chiliques

Assim como bebês humanos, os filhotes de macacos resos possuem um choro agudo que serve para chamar a atenção das mães, especialmente quando estão com fome.

Quando o choro é ignorado, o filhote muitas vezes faz cena, tem um "chilique" que acaba, muitas vezes, irritando estranhos que estejam por perto.

"O choro dos bebês macacos é agudo e irritante, não apenas para a mãe, mas para outros animais em volta", disse o primatologista Stuart Semple, da Universidade de Roehampton, em Londres, responsável pelo estudo.

"Nós descobrimos que a resposta da mãe a esse choro é motivado pela reação de quem está presente no momento da cena", disse Semple.

Humanos

Segundo os resultados, as fêmeas são duas vezes mais propensas a ceder ao chilique e alimentar os bebês na presença de machos agressivos ou fêmeas dominantes do que quando há apenas animais menos dominantes ou mais conhecidos ao redor.

O estudo indica ainda que, apesar da pouca freqüência de ataques, as macacas correm um risco 30 vezes maior de serem atacados por outros primatas irritados quando o filhote está chorando, do que quando os filhotes estão mais calmos.

"As mães são relutantes em ceder aos bebês, mas quando há animais dominadores por perto, que ameaçam tanto elas quanto os filhos, elas se sentem forçadas a ceder ao choro", explica Semple.

Os pesquisadores afirmam que apesar de não terem realizado estudos comparativos em humanos, relatos sugerem que mães humanas também são mais propensas a ceder ao choro das crianças quando há estranhos irritados por perto.

"Quando eu falo com pais de crianças pequenas sobre essa pesquisa, eles entendem imediatamente e afirmam que já sentiram esse tipo de pressão externa quando os filhos estavam tendo um chilique em público", disse Semple à BBC.