sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amizade sem fronteiras


A girafa ‘Bea' e a avestruz ‘Wilma’ chamam atenção no zoológico Busch Gardens, em Tampa Bay, no estado da Flórida (EUA), pela amizade que mantêm. (Foto: Matt Marriott/AP)


A girafa ‘Bea’ e a avestruz ‘Wilma’ são inseparáveis e trocam afetos mútuos. (Foto: Matt Marriott/AP)

Para termos animais precisamos de ecossistemas.

Lares, habitates, onde a ordem natural possa existir apesar da ação globalizante do humano, demasiadamente humano.
As fotos e os textos que as acompanham foram publicados no site da BBC-Brasil.


Uma exposição em Londres reúne fotos de animais e ecossistemas que têm sobrevivido à devastação em vários pontos do planeta. O camarão mantis, que têm os olhos mais complexos do reino animal, é um deles (Foto: Sterling Zumbrunn)



A mostra tem o apoio da ONG Conservation International (CI) e do BG Group. Aqui, um muriqui e seu filhote, uma das espécies mais ameaçadas do Brasil. Hoje apenas mil exemplares vivem na Mata Atlântica (Foto: Luciano Candisani)



Em uma recente expedição no Pará, a equipe da CI se deparou com este sapo, do gênero 'Osteocephalus', e que pode representar uma nova espécie nunca antes descoberta (Foto: Luciano Candisani)



Segundo a CI, o Pantanal abriga mais de mil espécies de aves, como estas araras. 'Sua vegetação menos densa faz do Pantanal um lugar ideal para se observar os animais', diz a ONG (Foto: Luciano Candisani)


O camaleão-pantera, nativo de Madagascar, adora tomar banho de sol e comer baratas. Quando estão 'grávidas', as fêmeas mudam de cor para sinalizar que não querem acasalar (Foto: Cristina Mittermeier)



Os chimpanzés têm enfrentado doenças humanas, a perda de seus habitats e os caçadores. Muitos ficam órfãos e são adotados por santuários, como este animal da República Democrática do Congo (Foto: Russ Mittermeier)



Com 1.250 espécies de peixes e 600 de corais, a Indonésia abriga a maior concentração de biodiversidade para um território de seu tamanho. A Lagoa de Wayag é uma das áreas de preservação no país (Foto: Sterling Zumbrunn)



O trabalho de conscientização das comunidades ajuda a preservar o meio ambiente, segundo a CI. Na Indonésia, os pescadores patrulham as águas e combatem a pesca com rede e a contaminação do mar (Foto: Sterling Zumbrunn)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

aranhas enfeitam teias e criam clones de si mesmas

BBC-Brasil
Cientistas em Taiwan descobriram uma espécie de aranha que cria um "clone" de si mesma para despistar seus predadores.
Em artigo publicado na revista especializada Animal Behaviour, os biólogos Ling Tseng e I-Min Tso, da Universidade de Tunghai, afirmam ainda que este pode ser o primeiro exemplo de um animal capaz de construir uma réplica em tamanho natural de seu próprio corpo.
Segundo eles, o comportamento da espécie, chamada Cyclosa mulmeinensis, também ajuda a esclarecer por que muitos aracnídeos gostam de decorar suas teias com ornamentos estranhos, como partes de plantas, dejetos e restos de presas e de ovos.
Como esses detritos geralmente têm as mesmas cores das aranhas, os cientistas suspeitam que eles ajudem a camuflar a aranha.
'Iscas'
Tseng e Tso observaram, em uma ilha na costa de Taiwan, que a Cyclosa mulmeinensis não apenas decorava sua teia, como também juntava os detritos para compor objetos de seu próprio tamanho.
Segundo os cientistas, esses "dublês" atraíam os predadores - em geral, vespas - por também terem a mesma cor e a mesma maneira de refletir a luz que as verdadeiras aranhas.
"Nossos resultados mostram que esta espécie vulnerável de aranha se protege de ataques de predadores, construindo iscas que os atraem mais do que ela própria", escreveram os pesquisadores em seu artigo.
Eles afirmam que em teias não decoradas, as vespas atacavam diretamente as aranhas.
Mistério
Há mais de cem anos, cientistas vêm tentando entender por que muitas espécies de aranhas decoram suas teias.
Mas para Tso, não há uma só resposta.
"Creio que a função da decoração varia entre as espécies", disse o cientista à BBC, citando como exemplo as teias decoradas com seda, que têm por objetivo reforçar a trama e impedir que ela seja destruída. Outras teias são decoradas para atrair e deter presas.
O disfarce é um recurso muito usado por vários animais.
Alguns tentam evitar serem vistos usando a camuflagem para se "misturar" a seu habitat, como as mariposas. Outros, como as lagartixas, desenvolvem artefatos mais sofisticados, como o de conseguir se soltar se sua cauda por pega.

domingo, 22 de março de 2009

Chimpanzé planeja o futuro


Matéria da BBC Brasil. 9 de março de 2009
Um chimpanzé teria planejado ataques a visitantes do zoológico onde é mantido, em uma das evidências mais fortes já coletadas até hoje de comportamento cognitivo, ou racional, em animais.

Provar que animais têm a capacidade de antecipar estados mentais futuros sempre foi tarefa difícil de comprovar, de acordo com Mathias Osvath, um dos responsáveis pelo estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Current Biology.

A pesquisa teve início depois que, em meados dos anos 1990, funcionários do zoológico de Furuyik, na Suécia, descobriram que o chimpanzé coletava e guardava pedras que seriam, posteriormente, arremessadas contra o público.

Outras espécies

O macaco Santino guardava as pedras enquanto estava calmo, antes da abertura do zoológico.

Os arremessos aconteciam horas depois, durante demonstrações de dominância, quando o primata já se encontrava em um estado mais agitado.

Santino havia, inclusive, desenvolvido uma técnica para detectar pedaços mais vulneráveis do concreto de sua jaula, que poderiam ser mais facilmente retirados.

Quando a água entrava por dentro de frestas no concreto e se congelava, o pedaço de concreto se tornava mais frágil e produzia um som diferente ao toque.

Santino foi observado dando tapas no concreto para descobrir os pontos mais fracos, destacando pequenos pedaços e os armazenando em estoques para munição.

"Estou pessoalmente convencido de que pelo menos os chipanzés planejam para necessidades futuras", disse o professor Osvath.

"Não me surpreenderia se descobríssemos esse tipo de comportamento em golfinhos e outras espécies", disse ele.

sábado, 14 de março de 2009

Macacas cedem a choro de filhotes por medo de apanhar



Cientistas britânicos e porto-riquenhos afirmam ter descoberto porque as macacas cedem ao chilique de seus filhotes.
Matéria publicada na BBC Brasil

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/03/090311_macacachilique_np.shtml?s

Um estudo realizado com macacos resos na ilha Cayo Santiago, na costa de Porto Rico, sugere que as fêmeas são mais propensas a alimentar os filhos e a ceder aos chiliques dos pequenos quando o choro irrita estranhos ao redor.

Segundo a pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Proceedings of the Royal Society B., a ameaça de violência desses estranhos provoca a reação das macacas.

Chiliques

Assim como bebês humanos, os filhotes de macacos resos possuem um choro agudo que serve para chamar a atenção das mães, especialmente quando estão com fome.

Quando o choro é ignorado, o filhote muitas vezes faz cena, tem um "chilique" que acaba, muitas vezes, irritando estranhos que estejam por perto.

"O choro dos bebês macacos é agudo e irritante, não apenas para a mãe, mas para outros animais em volta", disse o primatologista Stuart Semple, da Universidade de Roehampton, em Londres, responsável pelo estudo.

"Nós descobrimos que a resposta da mãe a esse choro é motivado pela reação de quem está presente no momento da cena", disse Semple.

Humanos

Segundo os resultados, as fêmeas são duas vezes mais propensas a ceder ao chilique e alimentar os bebês na presença de machos agressivos ou fêmeas dominantes do que quando há apenas animais menos dominantes ou mais conhecidos ao redor.

O estudo indica ainda que, apesar da pouca freqüência de ataques, as macacas correm um risco 30 vezes maior de serem atacados por outros primatas irritados quando o filhote está chorando, do que quando os filhotes estão mais calmos.

"As mães são relutantes em ceder aos bebês, mas quando há animais dominadores por perto, que ameaçam tanto elas quanto os filhos, elas se sentem forçadas a ceder ao choro", explica Semple.

Os pesquisadores afirmam que apesar de não terem realizado estudos comparativos em humanos, relatos sugerem que mães humanas também são mais propensas a ceder ao choro das crianças quando há estranhos irritados por perto.

"Quando eu falo com pais de crianças pequenas sobre essa pesquisa, eles entendem imediatamente e afirmam que já sentiram esse tipo de pressão externa quando os filhos estavam tendo um chilique em público", disse Semple à BBC.

usando varas para pescar cupim

Veja o vídeo no endereço
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/03/090304_chimpanzespesca.shtml?s

"Uma equipe de cientistas trabalhando na República do Congo acredita ter conseguido o explicar o mistério do sucesso da "pesca" de cupins realizada pelos chimpanzés.

Os macacos usam varas com pontas modificadas, transformadas em "escovas" pelos próprios animais para tornar a ferramenta mais eficiente na coleta de cupins.

Os cientistas filmaram primatas selvagens usando os dentes para desgastar as pontas das varas, feitas de ramos ou caules de plantas.

Em artigo na revista Biology Letters da Royal Society britânica, os pesquisadores disseram que a ponta desgastada das varas ajudou os chimpanzés a recolher um número maior de cupins."
Matéria publicada na BBCBrasil.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Estudo observa que macacas ensinam filhotes a passar 'fio dental'.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/03/090312_macacofiodentalml.shtml?s

As macacas de uma colônia na Tailândia ensinam seus filhotes a limpar os dentes usando fios de cabelo humano ou outros materiais parecidos, segundo observaram cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão.
A descoberta comprova a teoria de que primatas são capazes de mostrar aos mais novos como usar "ferramentas".
"Fiquei surpreso porque o ensino de técnicas de uso correto de apetrechos era uma habilidade atribuída apenas a humanos", disse Nobuo Masataka, professor do Instituto de Pesquisas de Primatas da Universidade de Kyoto, que chefiou o estudo.
Segundo a mídia japonesa, ele e seus colegas observaram um grupo de 250 macacos-caranguejeiros durante o mês de fevereiro de 2008, em uma área a 150 km de Bangcoc, na Tailândia.
Os especialistas se concentraram em sete fêmeas que tinham filhotes com idades em torno de 1 ano, para verificar quantas vezes elas limpavam os dentes e por quanto tempo.
Os cientistas descobriram que este tempo dobrava se os bebês estivessem de frente para as mães, e que elas também exageravam seus gestos.
"Era impressionante ver que os filhotes prestavam atenção no ato das macacas", disse Masataka.
Ele lembra, no entanto, que o estudo ainda está em fase inicial.
"Agora gostaríamos de nos concentrarmos nos bebês e verificar se o ato das mães estão realmente os ajudando a aprender a limpar seus dentes", afirmou o cientista japonês.
Há pelo menos dez anos, já se sabia que algumas espécies de macacos são capazes de recolher cabelo humano e usá-los como fio dental.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Macacos demosntram ter senso de justiça.


A espécie de primatas estudada é tolerante e cooperativa

Matéria publicada na BBCBrasil

Macacos demonstram ter 'senso de justiça'

Os macacos têm senso de justiça e protestam se virem um colega sendo mais bem recompensado pela mesma tarefa.
Pesquisadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, ensinaram primatas a trocar fichas por comida.
Normalmente, uma determinada quantidade de fichas valia um pepino.
No entanto, se um primata visse que outro macaco havia ganhado uma uva – considerada uma comida melhor – em troca do mesmo número de fichas, ele se mostrava indignado.

Nature
Alguns paravam de trabalhar e outros até pegavam a comida, mas se recusavam a comê-la.
Segundo os cientistas, isso significa que o senso de justiça humano é inerente, e não uma construção social.
A pesquisa foi conduzida por Sarah Brosnan e Frans de Waal e foi publicada na revista especializada Nature.
"Estou extremamente interessada na evolução da cooperação", disse Brosnan à BBC.
"Uma das áreas mais interessantes é a recente hipótese de que a cooperação humana é mais eficiente por causa do senso de justiça."
Brosnan quer descobrir se esse senso é uma construção social – resultado das regras da sociedade – ou um comportamento desenvolvido.
Para isso, ela teve a idéia de usar os macacos.


Os primatas prestam atenção nas recompensas dos outros

"Escolhemos uma espécie que é especialmente cooperativa e tem uma sociedade muito tolerante", explica a cientista.

Reação dramática
O experimento tem o objetivo de mostrar se eles reagem diferentemente a diferentes níveis de recompensa.
A reação foi dramática, segundo os pesquisadores.
"Algumas vezes eles ignoravam as recompensas, outras eles simplesmente as atiravam no chão", explica Brosnan.

Surpresa
Os pesquisadores não ficaram surpresos porque os macacos mostraram ter senso de justiça, mas sim, porque eles recusaram recompensas normalmente aceitáveis.
"Eles não mostraram qualquer reação contra os seus iguais, não os culparam pela injustiça."
Os especialistas querem, agora, continuar os testes com mais macacos, já que até agora usaram apenas cinco.
"Estamos repetindo o estudo com chimpanzés, uma grande espécie de primatas, para aprender algo sobre o desenvolvimento evolucionário do senso de justiça."
"Suspeito que haja outras espécies não-primatas com sociedades tolerantes que mostrem o mesmo tipo de comportamento", conclui Sarah Brosnan.

Países da África e Ásia pedem ajuda contra extinção de símios

Chimpanzés em cativeiro não ajudam outros em seu grupo social, mesmo quando isso não os prejudica, de acordo com um estudo de comportamento animal publicado na revista Nature.
Solicitude está presente em seres humanos mesmo quando tal ação pode prejudicar os interesses de quem decide prestar ajuda a outros.

Entre os atributos semelhantes aos dos seres humanos encontrados em chimpanzés estão o uso de ferramentas e, talvez, a habilidade rudimentar com linguagem, mas este estudo sugere que este não é o caso do altruísmo.

Mas outros pesquisadores disseram que chimpanzés em cativeiro tendem a ser menos sociáveis.

Testes

Uma equipe liderada por Joan Silk, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou testes com chimpanzés em cativeiro em que os animais eram recompensados com comida.

Foram oferecidas aos chimpanzés duas opções de recompensa. Uma permitia a eles que pegassem o alimento para si mesmos. Na outra, o chimpanzé se servia e, ao mesmo tempo, um chimpanzé em um cercado ao lado também recebia alimentos.

A equipe de Silk constatou que 29 chimpanzés do estudo não estavam mais inclinados a pegar a segunda opção do que a primeira, mesmo que isso permitisse a eles "fazer uma boa ação" sem prejuízo de seus próprios interesses.

O resultado foi surpreendente porque os chimpanzés conviviam no mesmo grupo há 15 anos. Eles não tinham parentesco, mas eram próximos.

A partilha de alimentos foi vista em grupos de chimpanzés em seu habitat natural. Então o estudo da revista Nature levanta questões sobre o surgimento deste comportamento.

Outros pesquisadores sugerem que os resultados se devem, talvez, a uma situação pouco natural ou a diferenças em comportamentos provocados por cativeiro.

BBC Brasil Onu lança apelo para salvar gorilas e chimpanzés

Duas agências da ONU lançaram em reunião na capital francesa, Paris, um apelo para arrecadar US$ 25 milhões para tentar salvar os macacos da extinção.

Segundo a Unesco (fundo das ONU para a educação, a cultura e a ciência) e a Unep (programa da ONU para o meio ambiente), esse é o montante mínimo para evitar a extinção de gorilas, chimpanzés e orangotangos em até 50 anos.

A Unesco e a Unep esperam criar áreas onde a população de macacos de grande porte possa se estabilizar ou mesmo crescer.

"As espécies de macacos de grande porte compartilham mais de 96% de seu DNA com a espécie humana. Se nós perdermos qualquer espécie de macacos estaremos destruindo uma ponte para nossas próprias origens e, com isso, parte de nossa própria humanidade", afirmou Klaus Toepfer, diretor-executivo da Unep.

África

Segundo a Unesco, pesquisas sugerem que os chimpanzés desapareceram de Benin, Togo e Gâmbia, e o mesmo pode acontecer, em breve, em outro país da África Ocidental, o Senegal.

Estima-se que existam menos de 200 chimpanzés em Guiné-Bissau.

As principais ameaças aos macacos (guerra, caça e contrabando de animais) são fruto da ação humana.

A penetração humana nas florestas vem aumentando e, com a destruição da mata que se segue, os macacos ficam sem lugar para se esconder.

Se a construção de estradas e outras iniciativas do tipo continuarem nos níveis atuais, a Unep afirma que menos de 10% das florestas onde os macacos africanos vivem estarão intactas até 2030.

A previsão da Unep é que, no Sudeste Asiático, não sobrará quase nenhum habitat para os macacos, aumentando a preocupação com a sobrevivência dos orangotantos.

Como muitos macacos de grande porte vivem em áreas remotas e inacessíveis, a Unesco está trabalhando com a Agência Espacial Européia no emprego de satélites para monitorar a velocidade com que seu habitat vem desaparecendo.

O projeto está mapeando inicialmente o habitat dos gorilas de montanhas. Há apenas cerca de 600 gorilas em Uganda, Ruanda e na República Democrática do Congo.

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Macacos aprendem tarefas com convívio social, diz estudo

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Macacos aprendem tarefas com convívio social, diz estudo

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cientistas acham ancestral comum de homens e grandes macacos

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2004/11/041118_grandemacaco.shtml

Cientistas acreditam ter encontrado na Espanha o fóssil do animal que seria o ancestral comum de todos os grandes primatas: chimpanzés, orangotangos, gorilas e seres humanos.
O recém-descoberto Pierolapithecus catalaunicus, ou um de seus "parentes" próximos, seria o primeiro da família a divergir dos primatas de menor porte, como os micos ou gibões.

Os cientistas estimam que essa divisão ocorreu entre 11 e 16 milhões de anos atrás, durante o período Mioceno, e o fóssil encontrado perto de Barcelona foi datado de 13 milhões de anos.

Ele apresenta várias características, como a caixa torácica, a parte inferior da espinha vertebral e o os ossos do punho, que são particulares dos grandes primatas. A descoberta é apresentada em artigo publicado na revista Science.

Bem preservadas

Hoje ainda é escassa a evidência fóssil de primatas do período Mioceno.

O cientista que liderou a pesquisa, Salvador Moyá-Solá, do Instituto Paleontológico Miquel Crusafont, de Barcelona, afirma que a importância do achado é que, pela primeira vez em um fóssil da época, "todas as partes-chaves que definem um grande primata estão bem preservadas".

O Pierolapithecus catalaunicus encontrado seria do sexo masculino, pesaria 35 kg e, com base na análise de um dente, se alimentaria de frutas.

Seu tórax, sua espinha e seu punho indicam uma habilidade para subir em árvore que é diferente das dos primatas menores, que são mais primitivos, porém capazes de movimentos mais versáteis.

Uma diferença notável é o formato da caixa torácica, mais ampla e mais chata do que a dos macacos de pequeno porte.

Além disso, as escápulas (formação que inclui as omoplatas e as clavículas) do novo fóssil ficam nas costas, como as dos seres humanos, chimpanzés e gorilas, enquanto nos macacos menores elas se encontram do lado da caixa torácica, como nos cachorros.

Crânio

As vértebras na parte inferior da espinha também são diferentes, em uma série de adaptações que, segundo os cientistas, afetou o centro de gravidade do animal, possibilitando que ele assumisse uma postura ereta.

Segundo os pesquisadores, o crânio do Pierolapithecus catalaunicus também possui características típicas dos grandes primatas, com a face relativamente curta e com a parte superior da estrutura do nariz na altura dos olhos.

Mas o fóssil também compartilha algumas características dos macacos menores, o que, segundo os pesquisadores, indica que vários traços evoluíram em momentos diferentes na evolução dos primatas.

O fóssil foi encontrado meio sem querer, após um fragmento ter sido desenterrado por uma escavadora em Els Hostalets de Pierola, um vilarejo catalão.

"Na Espanha, os paleontólogos dizem que você não acha um bom fóssil – ele é que acha você", brincou Moyá-Solá.

Chimpanzés em cativeiro 'não têm senso de companheirismo'

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/10/051027_chimpanzenature.shtml
Chimpanzés em cativeiro não ajudam outros em seu grupo social, mesmo quando isso não os prejudica, de acordo com um estudo de comportamento animal publicado na revista Nature.
Solicitude está presente em seres humanos mesmo quando tal ação pode prejudicar os interesses de quem decide prestar ajuda a outros.

Entre os atributos semelhantes aos dos seres humanos encontrados em chimpanzés estão o uso de ferramentas e, talvez, a habilidade rudimentar com linguagem, mas este estudo sugere que este não é o caso do altruísmo.

Mas outros pesquisadores disseram que chimpanzés em cativeiro tendem a ser menos sociáveis.

Testes

Uma equipe liderada por Joan Silk, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou testes com chimpanzés em cativeiro em que os animais eram recompensados com comida.

Foram oferecidas aos chimpanzés duas opções de recompensa. Uma permitia a eles que pegassem o alimento para si mesmos. Na outra, o chimpanzé se servia e, ao mesmo tempo, um chimpanzé em um cercado ao lado também recebia alimentos.

A equipe de Silk constatou que 29 chimpanzés do estudo não estavam mais inclinados a pegar a segunda opção do que a primeira, mesmo que isso permitisse a eles "fazer uma boa ação" sem prejuízo de seus próprios interesses.

O resultado foi surpreendente porque os chimpanzés conviviam no mesmo grupo há 15 anos. Eles não tinham parentesco, mas eram próximos.

A partilha de alimentos foi vista em grupos de chimpanzés em seu habitat natural. Então o estudo da revista Nature levanta questões sobre o surgimento deste comportamento.

Outros pesquisadores sugerem que os resultados se devem, talvez, a uma situação pouco natural ou a diferenças em comportamentos provocados por cativeiro.

Cientistas querem chimpanzés entre hominídeos

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2006/01/060124_chimpanzehumanopesquisaebc.shtml
Os chimpanzés estão mais próximos dos humanos do que dos outros grandes primatas, como orangotangos e gorilas, afirma um estudo publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa, realizada por uma equipe da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia Tech), ambas nos Estados Unidos, indica que o ancestral comum entre chimpanzés e humanos está muito mais próximo do que se pensava e defende a reclassificação do chimpanzé para o gênero Homo – humanos são Homo sapiens.

Os dois animais teriam seguido linhas evolutivas diferentes há apenas 1 milhão de anos, enquanto se acreditava que isso tivesse ocorrido há cerca de 7 milhões de anos.

A descoberta foi feita graças à análise do "relógio molecular" dos seres humanos, em outras palavras, o ritmo evolutivo da espécie.

Acreditava-se que ele fosse mais rápido, mas a equipe americana verificou que o chamado "relógio" está batendo tão lentamente que os primeiros traços distintos dos humanos – cérebros maiores e uma gestação mais longa – surgiram há menos tempo do que se pensava.

"Intrigantemente, humanos e chimpanzés parecem ter evoluído mais lentamente do que gorilas e orangotangos", diz o estudo.

Diferenças

A equipe liderada pela pesquisadora Soojin Yi comparou as diferenças entre humanos e chimpanzés.

"Humanos levam quase o dobro do tempo que chimpanzés e gorilas para atingir a maturidade sexual, têm expectativa de vida e período de gestação mais longos, em comparação com qualquer outro hominídio não-humano", escreveram os pesquisadores.

Os chimpanzés vivem entre 40 e 50 anos e têm uma gravidez de oito meses.

No ano passado, uma equipe internacional de 67 pesquisadores descobriu que dos cerca de 3 bilhões de pares de bases de DNA em homens e chimpanzés apenas 40 milhões seriam diferentes.

Embora a diferença seja pequena, são esses 40 milhões de pares de bases de DNA que são responsáveis por diferenças vitais, desde o tamanho do cérebro e as taxas reprodutivas até o olfato e a tendência a determinadas doenças.

A idéia de se classificar os chimpanzés no mesmo gênero que os humanos, o Homo, não é nova, mas sempre foi muito combatida.

Na Nova Zelândia, o governo já recebeu uma petição pedindo a criação de direitos para os chimpanzés.

Gene pode explicar evolução do cérebro humano

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/08/060817_genecerebro_is.shtml

A separação evolutiva entre humanos e chimpanzés ocorreu bem mais tarde do que se acreditava, segundo uma pesquisa publicada pela revista especializada Nature.
Uma análise detalhada do DNA das duas espécies sugere que elas finalmente se separaram há menos de 5,4 milhões de anos, um ou dois milhões de anos mais tarde do que indicavam os fósseis.

Os cientistas afiliados ao Broad Institute of MIT and Harvard - um instituto de pesquisas médicas das duas universidades americanas - e da Escola de Medicina de Harvard, afirmam que o resultado indica que pode ter havido cruzamento entre as espécies por milhares, ou até milhões de anos.

A hibridização teria sido importante na troca de genes que permitiram às duas espécies emergentes sobreviver em seus ambientes, explicaram os cientistas.

Segundo os pesquisadores, os resultados também mostram o quão complexa foi a evolução humana.

Hipótese

"Esta é uma hipótese, nós não conseguimos prová-la ainda, mas ela explicaria várias características dos dados", disse David Reich, professor assistente de genética na Escola de Medicina de Harvard e um dos autores do artigo publicado pela Nature.

"A hipótese é que houve uma troca de genes entre os ancestrais dos humanos e dos chimpanzés depois da separação original."

"Então, pode ter havido uma separação original, e uma separação por tempo suficiente para que as espécies fossem diferenciadas - por exemplo, podemos ter adaptado características como andar de pé - e depois houve uma nova mistura, uma hibridização", disse ele à BBC.

Humanos e chimpanzés têm seqüências de DNA bastante parecidas; as diferenças se devem a mutações, ou erros, no código genético que ocorreram desde que esses animais se separaram em caminhos evolutivos diferentes.

Ao analisar onde essas diferenças ocorrem nos genomas é possível ter uma boa idéia da história das duas espécies e identificar os momentos chave em sua evolução.

Cientistas vêm conseguindo fazer isso há algum tempo, mas os recentes projetos para decodificar totalmente o genoma das duas espécies trouxeram detalhes que permitiram que estudos deste tipo avançassem bastante.

A pesquisa indica que as linhagens de chimpanzés e humanos se separaram há não mais do que 6,3 milhões de anos, e provavelmente há menos do que 5,4 milhões de anos.

Fósseis

A descoberta também vai contra o que havia se concluído a partir dos fósseis, como o da famosa espécie Toumai (Sahelanthropus tchandensis), descoberta no Chade.

Acreditava-se que o Toumais estavam na base da árvore genealógica humana, mas a espécie data de entre 6,5 milhões a 7,4 milhões de anos atrás. Em outras palavras, é mais velha do que a divergência entre chimpanzés e humanos parece ter ocorrido ao se analisarem os dados genéticos.

"É possível que o fóssil do Toumai seja mais recente do que se pensava", disse Nick Patterson, um pesquisador sênior e estatístico do Broad Institute e o principal autor do artigo publicado pela Nature.

"Mas se a datação estiver correta, o fóssil Toumai precederia a divisão entre humanos e chimpanzés. O fato é que as características próximas aos humanos dos chimpanzés sugerem que a divisão pode ter ocorrido durante um longo período, com episódios de hibridização entre as espécies emergentes."

Comentando a pesquisa, o professor de biologia antropológica da Universidade de Harvard Daniel Lieberman disse à agência de notícias Associated Press que "esta é uma análise extremamente inteligente".

"Meu problema é imaginar como seria ter um hominídeo bípede e um chimpanzé se enxergando como parceiros apropriados, para não colocar a coisa de maneira muito crua..."

Fêmeas podem ter desenvolvido primeiras armas, indica estudo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/02/070222_chimpanze_armasrg.shtml

observaram 22 casos em que os primatas usaram os objetos para caçar, mas concluíram que, em geral, as armas são usadas apenas por fêmeas e machos ainda não completamente desenvolvidos.

Os chimpanzés já eram conhecidos por usar objetos em algumas tarefas, como arrancar insetos de troncos ou abrir frutos ou sementes. No entanto, até agora, havia poucas evidências de que esses primatas usavam armas rudimentares para caçar da forma como foi verificado.

Inferioridade física

Segundo os cientistas, a opção das fêmeas e dos machos jovens pelo uso das armas pode ser explicada pela sua inferioridade física em relação aos machos adultos, que têm mais facilidade para obter alimento de outras formas, caçando animais maiores.

O estudo verificou que a construção das armas rudimentares pelos chimpanzés e o comportamento dos animais durante a caça têm padrões sistemáticos e consistentes, o que sugere, segundo os cientistas, que o uso das armas é habitual.

Os cientistas verificaram que os chimpanzés usam suas armas batendo com elas em galhos e troncos ocos de árvores, onde vive um pequeno mamífero noturno chamado Galago senegarensis - a presa mais visada pelos símios.

Chimpanzés fêmeas 'matam crias de rivais', diz estudo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/05/070515_chimpanzesmatapu.shtml

A equipe da Universidade St. Andrews que trabalhava na floresta de Budongo, em Uganda observou que fêmeas de chimpanzés tornaram-se extremamente violentas com a crias das rivais após o aumento na população de fêmeas , migrantes, para a região. Sob condições socio-ecológicas adversas os comportamentos tradicionais de gêneros são completamente alterados.

Ativistas pedem direitos 'humanos' para primatas

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070329_direitoshumanos_macacos_mv.shtml


A humanidade chega a uma nova fase da sua consciência quanto ao seu papel no mundo planetário e, em consequência, suas relações os demais seres habitantes deste mundo. Ninguém tem direito a usá-los como se fossem instrumentos desprovidos de dignidade e de sistema nervoso central com instinto e emoções. Além de continuarmos a desenvolver práticas que consolidem a convivência respeitosa dos direitos humanos entre humanos devemos reconhecer estes direitos aos nossos companheiros primatas.

OS PRIMATAS E NÓS
Gorilas, bonobos, orangotangos e chimpanzés são grandes primatas.
Os chimpanzés, por exemplo, se diferenciam dos humanos em apenas 1% do seu DNA e poderiam receber uma transfusão de sangue ou um rim de um ser humano.
Todos os grandes primatas se reconhecem no espelho.
Elefantes e golfinhos também têm essa capacidade.
Grandes primatas podem aprender e usar a linguagem humana por meio de sinais e símbolos, mas não têm um aparato vocal que permita falar.
Grandes primatas demonstram amor, medo, ansiedade e ciúme.
Fonte: Ian Redmond, Charlotte Uhlenbroek

Chimpanzés roubam frutas para atrair parceiras; assista na BBC Brasil

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070912_chimp_texto.shtml

Cientistas que estudam a evolução do comportamento humano dizem ter descoberto que chimpanzés roubam frutas para atrair parceiras.
O estudo indica que os machos invadem pomares às escondidas e colhem frutas como mamão papaya para dar às fêmeas.

A pesquisa da Universidade de Stirling foi feita com uma pequena comunidade de chimpanzés em Guiné, no oeste da África.

Chimpanzés superam universitários em teste de memória; veja reportagem na BBC Brasil

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071203_memoriachimpanzefn.shtml

Cada vez mais a nova visão/percepção que os humanos têm sobre os animais está encontrando evidências. Recentes pesquisas observam que a memória dos chimpanzés é melhor do que a de humanos adultos.

Transcrevo aqui parte da matéria:

"O professor Matsuzawaa e sua equipe testaram três pares de chimpanzés, cada formado por uma mãe e seu filho, contra estudantes universitários em um teste de memória que envolvia números.
As mães chimpanzés e seus filhos de cinco anos já tinham aprendido como "contar" de um a nove.
Durante a experiência, cada participante viu em um monitor vários números de um a nove.
Os números eram então substituídos por quadrados em branco e o estudante ou o chimpanzé tinham que lembrar qual número apareceu em qual lugar, e então tocar o quadrado certo na tela.

Os pesquisadores descobriram que os chimpanzés jovens tinham desempenho melhor do que suas mães e do que humanos adultos.
Os universitários foram os mais lentos do que os três chimpanzés jovens em suas respostas.
Os chimpanzés se saíram melhor do que os universitários em velocidade e precisão quando os números apareciam apenas por um momento.

Memória Fotográfica
O espaço de tempo mais curto, de 210 milisegundos, não deu o tempo necessário para que os testados explorassem a tela com movimentos dos olhos, algo que fazemos o tempo todo durante a leitura.
Isto mostra, segundo os pesquisadores, que os chimpanzés mais jovens têm memória fotográfica o que permite que eles memorizem uma cena complexa ou um padrão com apenas um olhar rápido. Em algumas ocasiões esta habilidade está presente em crianças, mas diminui com a idade, afirmam os pesquisadores.
"Chimpanzés jovens têm memória melhor do que humanos adultos. Ainda estamos subestimando a capacidade intelectual dos chimpanzés, nossos vizinhos de evolução", disse o professor Matsuzawa à BBC.
Para Lisa Parr, que trabalha com chimpanzés no Centro Yerkes para Primatas na Universidade Emory de Atlanta, Estados Unidos, esta descoberta é "revolucionária" e, pelo fato de os chimpanzés serem nossos "parentes mais próximos", pode ajudar a entender a memória humana."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sexo entre chimpanzés, como nos humanos, independe do período fértil.

Matéria da BBC Brasil.
Chimpanzés fêmeas copulam em silêncio 'para evitar competição'

As fêmeas querem manter relações com vários machos
Uma pesquisa conduzida por cientistas escoceses sugere que chimpanzés fêmeas deixam de emitir sons durante a cópula caso outras fêmeas estejam ao redor para evitar competição.
Os chimpanzés são conhecidos por terem um comportamento sexual promíscuo e, segundo os pesquisadores, as fêmeas estão mais preocupadas em manter relações com diversos parceiros do que encontrar o macho mais forte.

Os cientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, observaram um grupo de chimpanzés que vive na Floresta Budongo, em Uganda, na África, e publicaram os resultados da análise na edição desta semana da revista científica Public Library of Science (PLoS).

De acordo com a pesquisa, as fêmeas emitem mais sons de cópula – barulhos emitido durante as relações sexuais - quando vários machos estão ao redor. No entanto, elas permanecem quietas durante a relação quando há fêmeas ao redor para evitar a competição pelos machos da região.

"A competição entre as fêmeas pode ser muito perigosa nos chimpanzés selvagens. Nossa descoberta ressalta o fato de que as fêmeas usam os sons de cópula como uma tática para reduzir os riscos relacionados a esta competição", disse Simon Townsend, que liderou o estudo.

Paternidade

A função dos sons de cópula nos primatas vem sendo discutida por vários anos.

Uma das principais teorias é que as fêmeas emitiriam sons durante a relação sexual para anunciar a receptividade para os machos. Dessa forma, ela geraria competição entre os machos e poderia escolher o parceiro mais forte para garantir a qualidade de seu filhote.

No entanto, os pesquisadores não encontraram nenhuma prova para apoiar a hipótese de que o som estimularia a competição entre os machos. Além disso, análises dos hormônios das fêmeas indicaram que sua disponibilidade para manter relações não estaria relacionada com seu período fértil, e, portanto, as fêmeas não estariam chamando a atenção dos machos para conceber um filhote.

"As fêmeas observadas na pesquisa parecem muito mais preocupadas em manter relações com vários parceiros diferentes, sem que as outras fêmeas descubram, do que em fazer com que os machos briguem por ela", afirmou Townsend.

De acordo com os cientistas, as fêmeas emitem os sons durante a cópula para atrair o maior número de parceiros possível e, dessa forma, confundir os machos sobre a paternidade de seu filhote. Isso garantiria à fêmea proteção dos machos e reduziria o risco de infanticídio – comum entre os chimpanzés machos, já que eles criaram uma relação com a fêmea e não saberiam com certeza se são ou não pais do filhote.

Segundo os pesquisadores, chimpanzés fêmeas são expostas a forte pressão social entre outros membros do grupo, principalmente quando os recursos são escassos.

"Nesse contexto, confundir os machos com relação à paternidade, principalmente entre os machos mais importantes, tem duas vantagens. Primeiro, reduz a probabilidade de que os machos irão atacar os filhotes, potencialmente seus. Segundo, pode ajudar a melhorar a disponibilidade dos machos em apoiar a fêmea, até mesmo em brigas com outras fêmas", diz o estudo.

De acordo com os cientistas, as descobertas são "mais um indício das sofisticadas capacidades mentais e inteligência social dos parentes vivos mais próximos da espécie humana".

Pensamento vem do desejo

Antes de ler a conclusão da experiência gostaria de lembrar que não precisamos operar um macaco cortar seu crânio, alterar seu interior, injetar-lhes medicamentos pesadíssimos para chegar as informações que chegam. Temos as pessoas que procuram saídas para suas debilidades físicas que nos fornecem materiais para desenvolver conhecimento. É indigno.



Uma experiência realizada por cientistas americanos fez com que macacos conseguissem controlar o braço de um robô usando apenas a força do pensamento.
Os especialistas, da Universidade de Pittsburgh, instalaram no cérebro dos animais um aparelho minúsculo, da espessura de um fio de cabelo no cérebro, capaz de interpretar seus impulsos.
Os impulsos cerebrais foram, em seguida, transmitidos para o robô, que respondeu movimentando o braço.

Poderiam fazer no cérebro de alguém que estivesse com paralisia e não de um animal que era até então saudável.

Elefantes viciados em heroína.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080904_elefanteheroinachina_np.shtml
BBC Brasil.

Bonobos e chimpanzés

Vale registrar.
Fiquei sabendo esta semana, numa matéria sobre evolução, que os Bonobos seriam chimpanzés que evoluidos. No processo evolutivo, no mesmo período em que os humanoides por escassez de alimentos migram para o norte, parte dos chimpanzés migram para regiões de florestas habitadas por gorilas. Os gorilas, mais fortes e pesados, ficam no chão alimentando-se da vegetação baixa. Aos chimpanzés restam as copas das árvores onde encontram menos alimentos. A penúria exige que seus membros atuem individualizadamente. Na busca pelo alimento os machos chegam primeiro aos locais. As fêmeas por carregarem seus bebês são mais lentas e chegam geralmente quando pouco resta. Elas então isolam-se para terem mais chances de se alimentarem. A situação impede os laços sociais e afetivos entre elas. Os machos, dominantes, afirmam seu poder espancando-as. É uma sociedade patriarcal e violenta.
Já os bonobos, conhecidos por ser um grupo pacífico, afetivo e inteligente, são os chimpanzés que puderam evoluir no chão. O acesso fácil ao alimento permitiu que as fêmeas estabelecessem elos sociais, afetivos e lúdicos. Criam seus filhos coletivamente. As fêmeas ativas sexualmente utilizam o sexo como forma de estabelecer os laços sociais, aliviando tensões e conflitos, e construindo um coletivo baseado em relações mútuas de prazer. A complexidade cultural desta espécie chega ao requinte de conter um sistema de linguagem com 20 símbolos identificados pelos pesquisadores.

O que podemos aprender com estas informações?